segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Hoje o tempo voa, amor

Ontem foi publicada no Caderno Donna de ZH uma matéria intitulada “Você tem pressa de quê?”. Bem interessante. Hoje em dia temos a impressão de que o tempo passa cada vez mais rápido, que o intervalo entre um aniversário e outro diminuiu.

Creio que essa aceleração dos nossos dias tem a ver com a rapidez com que o mundo evoluiu desde a Revolução Industrial. O homem passou milhares de anos utilizando produtos artesanais e hoje não consegue viver - um só dia - sem celular, notebook e ipod, equipamentos que iniciou a usar há menos de uma década. O intrigante é que toda essa tecnologia veio para nos auxiliar, para agilizar o nosso trabalho. E o que fizemos com o tempo extra que nos sobrou? Agregamos mais e mais tarefas. No verão, li uma reportagem sobre profissionais que levavam seu notebook pra trabalhar na beira da praia. Creio que nenhuma das duas atividades estava sendo cumprida em sua plenitude: nem o trabalho, nem o lazer.

Essa compulsão pelo excesso, pela velocidade, acaba se traduzindo na forma que nos alimentamos, que dirigimos, que nos relacionamos. Parece que não nos dedicamos plenamente a nenhuma das atividades. Se não está fácil colocar o pé no freio, vou tentar, pelo menos, tirá-lo do acelerador.

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