sexta-feira, 30 de abril de 2010

Em canto

Voltei a espantar os males (ou os vizinhos) soltando a voz. Ah, como é bom cantar! A tristeza em função da Bastet me deixou com a imunidade baixa e, no fim das contas, fiquei afônica. Pena, pois não pude participar de uma apresentação do coral que estou participando. Olha só que foto linda. E foi no Theatro São Pedro!



Como diz Beto Guedes:

“Cantar quase sempre nos faz recordar
Sem querer
Um beijo, um sorriso, ou uma outra ventura qualquer
Cantando aos acordes do meu violão
É que mando depressa ir-se embora
saudade que mora no meu coração”

Na verdade, saudade é bom e pode ficar. A tristeza é que está indo embora...

domingo, 25 de abril de 2010

Ave, Bastet!

Sempre ouvi dizer que gatos têm sete vidas. Nem todos: Bastet tinha apenas uma, que se foi no domingo, 28 de março. Com ares de siamesa, não escondia os traços da mais pura descendência vira-lata. Quando desmamada, a bichinha de 650 gramas veio morar conosco. Mostrou os dentes na primeira manhã, demonstrando a insatisfação em sair do aconchego de sua mãezinha, que havia sido abandonada prenhe. Adotamos a fera e enfrentamos a tarefa de conquistar aquela personalidade forte. Aos poucos, Bastet se deixou envolver. Carícias na barriga, só quando ela estava a fim. Mas, nesses momentos, fechava os olhinhos mostrando todo o prazer de estar em nossa companhia.

Nunca arranhou alguém por querer. A única vítima de suas garras foi sua fiel companheira Nuvem que, volta e meia, torrava sua paciência com brincadeiras que não lhe agradavam, como correr e saltar. Nuvem, aliás, também está sentindo sua falta.

É provável que Bastet e seus irmãos, duas ferinhas que também morreram pouco depois de terem sido vacinados, tivessem problemas congênitos de saúde. O importante é que ganharam carinho, conforto e atenção de quem os acolheu.

Há um mês não desfrutamos da presença da siamesinha vira-lata. Aguardo o momento em que a tristeza vá embora e fiquem só as boas lembranças. Sinto falta de suas longas sessões de carinho, do miado alto pedindo atenção, da terna companhia no sofá. Nossa casa perdeu uma ilustre moradora. O céu, com certeza, ganhou uma estrela a mais.